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Artigo: Turismo: mais crédito, mais oportunidades

  • Publicado: Sábado, 06 de Junho de 2015, 16h42
  • Última atualização em Terça, 19 de Janeiro de 2016, 15h36

Vivemos um dos momentos mais desafiadores dos últimos anos. Enfrentamos ajustes na economia, valorização da moeda estrangeira, aumento nos juros. Dentro desse cenário, poucos setores têm a capacidade de gerar renda, divisas e empregos como o turismo.

O turismo envolve 52 atividades e contribui, direta e indiretamente, com 9,6% do Produto Interno Bruto. São mais de 3 milhões de empregos no setor, que hoje representa o 5º principal item da balança de exportações brasileira, atrás apenas de minério de ferro, soja, petróleo e açúcar.

Esses números provam que o Brasil tem um dos mercados turísticos mais seguros e promissores do mundo, mas precisamos dar voz para essa indústria e nos abrir para grandes investidores. Se me perguntam como fazer isso, eu só tenho uma resposta: união. Em um ano como esse, precisamos, mais que nunca, unir forças. Somar competências para fazer mais com menos. Precisamos nos ajudar, setor público e privado.

É papel do setor público apoiar a melhoria no ambiente de negócios, destravar as amarras que geram burocracia para os investimentos no setor e facilitar o acesso ao crédito. No estudo de competitividade publicado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, aparecemos na 126ª posição no quesito ambiente de negócios. Em alguns subitens que compõem as dimensões estruturais, como o número de dias para se conseguir permissão para construções ou o tempo para abrir um negócio, estamos nas últimas colocações, mais precisamente 137ª e 135ª, respectivamente.

O que isso quer dizer? Temos grandes oportunidades, mas não transformamos nosso potencial turístico em negócios. Para isso, temos que trabalhar para desburocratizar os processos e atrair investimentos.

Nessa linha, estamos trabalhando na criação de uma Zona de Processamento Especial do Turismo, uma área determinada pela União e pelo município com condições propícias para o investidor. Estamos falando de benefícios econômicos, tributários e facilidades no processo de licenciamento. Esse seria um grande passo para conseguirmos atrair investidores para nossas áreas que hoje são protegidas e não podem ser exploradas de maneira sustentável.

Além de facilitar os licenciamentos e investimentos, entendemos a importância do acesso ao crédito. Desta forma, uma medida adotada esse mês pelo Ministério do Turismo foi a facilitação das regras para o acesso aos recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) – uma linha de crédito organizada com recursos públicos da ordem de R$ 170 milhões, voltada ao financiamento de empreendimentos ligados ao setor. Desta forma, todos aqueles que querem investir no turismo, seja pequeno, seja médio, poderão ter no Fungetur os recursos necessários para construir, reformar e garantir a base de fomento a uma série de atividades turísticas.

Num momento de séria dificuldade de investimentos por parte dos empresários, se criamos atrativos para exploração sustentável de áreas com grande potencial turístico e, ainda, abrimos um financiamento mais flexível, mais ágil, com juros subsidiados, acessíveis, podemos transformar o turismo na grande oportunidade econômica e social do país.

Henrique Eduardo Alves é ministro do Turismo.

 

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