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Jalapão: a exuberância de um destino pouco desbravado

A empresária - e turista - Sueli Fabiano relata ao portal do Turismo o que viu em um dos cenários mais majestosos  do país, na segunda matéria especial em homenagem aos Jogos Mundiais Indígenas

  • Publicado: Terça, 27 de Outubro de 2015, 14h20
  • Última atualização em Quarta, 28 de Outubro de 2015, 17h33

 

Sueli Fabiano, na Cachoeira da Velha, no Tocantins: “o destino mais grandioso que visitei”. Foto: Arquivo pessoal

“Entrei na cabine de um caminhão 4X4 e zarpei. Foram cerca de seis horas de 'expedição' em um terreno arenoso até chegar ao acampamento, no Jalapão, onde passei cinco dias, a partir da capital Palmas. Ali começou uma grande aventura, no lugar mais grandioso que já visitei: chapadões enormes, rios encachoeirados e dunas de cor amarelo ouro que chegam a até 40 metros de altura, um cenário de cinema que nunca vou esquecer.

Para conhecer o Jalapão é preciso muita energia, olhos atentos e o espírito livre para se deixar levar. Se por um lado as chapadas, que recebem o nome de Serras Gerais, parecem savanas africanas, e remetem à secura do lugar; por outro, as inúmeras quedas d’água, como a Cachoeira da Velha, mostram como a natureza desabrocha por ali. Imagine 100 metros de extensão em formato de ferradura e uma queda d'água abundante, depois de uma trilha cansativa. A Cachoeira da Velha é mais do que uma recompensa. 


Vista aérea do Jalapão. O destino é um dos mais visitados do Tocantins. Crédito: Chorão

Também adorei mergulhar em um fervedouro. Fervedouros são poços de água azul transparente com uma característica especial: é impossível afundar. Lá ocorre um fenômeno chamado ressurgência, que empurra a água para cima. Isso acontece porque a nascente é um rio subterrâneo. Foi muito divertido.

Em minhas expedições pelo Jalapão vi cobra rastejando entre as folhas, fotografei dezenas de plantas exóticas de cores e formatos incríveis e muitas aves. Fiquei tão deslumbrada com tudo aquilo que torci o pé correndo atrás de araras azuis. Foi trágico e engraçado ao mesmo tempo. Meu tornozelo ficou inchado até o último dia. Mas valeu a pena. 

Também visitei o artesanato da comunidade do Mumbuca e pude contemplar a produção local, feita a partir de uma planta típica da região, o Capim Dourado. Adorei as peças de decoração e as bijuterias cuidadosamente produzidas por moradores, um espetáculo à parte.

Artesanato em capim dourado. Crédito: Thiago de Sá

De noite, depois de caminhar bastante, todos os dias voltava para o acampamento cansada e feliz. O clima de deserto: de dia quente e de noite frio, ajudava a recuperar as energias – e me deixava pronta para o dia seguinte. Na hora de voltar, me despedi saudosa e viajei de volta para Palmas, pela cidadezinha de Ponte Alta do Tocantins, que está a 190 km da capital. Uma experiência que vou guardar para sempre na memória”.

Serviço

Recomenda-se visitar o Jalapão e seus arredores com a presença de um guia de turismo. Os deslocamentos são difíceis e geralmente feitos por veículos com tração nas quatro rodas. A maior parte dos turistas fecha pacotes com agências de viagem e se hospeda em barracas no local, já que há pouca oferta de pousadas na região. As agências oferecem toda a alimentação e a geração de energia costuma ser a partir de painéis solares.    

 

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