Rota de queijo e azeite reforça gastronomia como atrativo turístico em Minas Gerais
Na cidade de Alagoa, turistas conhecem de perto a produção do melhor azeite do hemisfério Sul e o melhor queijo artesanal de leite cru do Brasil
Por Rafael Brais
Produção do azeite de Alagoa (MG), na Fazenda Cauré. Crédito: Portal PradoeVazquez
Imagine uma rota que leve o turista à fazenda que produz o melhor azeite do hemisfério sul e, também, à queijaria onde é feito um dos melhores queijos do mundo. Pois esse roteiro existe e fica no Brasil. A cidade de Alagoa (MG) oferece, há quatro anos, a Rota do Queijo e do Azeite, um dos vários destinos que existem pelo país e atraem cada vez mais o olhar dos turistas.
O turismo gastronômico, por sinal, é um dos principais atrativos para os visitantes estrangeiros que vão conhecer Minas Gerais. De acordo com a Demanda Turística Internacional, estudo realizado pelo Ministério do Turismo, 97,3% dos turistas internacionais aprovaram a gastronomia no estado mineiro em 2018.
A Rota do Queijo e do Azeite inclui visita aos olivais da Fazenda Cauré, onde é produzido o “Melhor Azeite do Hemisfério Sul”, de acordo com prêmio recebido na Expo Oliva, na Espanha, em maio de 2019. O roteiro também leva os turistas para conhecer a Fazenda 2M que coleciona conquistas: medalha de ouro no Mundial do Queijo no Brasil 2019; medalha de prata 2019 no Mondial du Fromage na França; e Super Ouro no 3º Prêmio Queijos Brasil, como o melhor queijo artesanal de leite cru do Brasil.
VOCAÇÃO - O Estado de Minas Gerais possui grande tradição em rotas turísticas que envolvem gastronomia. Em 2018, um projeto do estado foi um dos vencedores do 1º Prêmio Nacional do Turismo, organizado em 2018 pelo MTur e o Conselho Nacional de Turismo. A Rota do Queijo Terroir Vertentes, que trabalha o desenvolvimento dos 23 municípios integrantes do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes e Terroir Vertentes, levou o segundo lugar na categoria Turismo de Base Comunitária e Produção Associada ao Turismo.
A iniciativa premiada estimula a oferta de roteiros gastronômicos envolvendo pequenos produtores de queijo minas artesanal, de queijos finos e de queijo Reino, além de fomentar e valorizar a fabricação dos produtos em cidades do circuito. Além disso, o modo artesanal de fazer queijo de minas nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre recebeu o título de Patrimônio Imaterial do Brasil (IPHAN).
Neste ano, a capital mineira Belo Horizonte concorre ao selo de Cidade Criativa da Gastronomia da Unesco. Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a gastronomia é um diferencial competitivo que promove os destinos e desenvolve a economia regional. “Queremos consolidar o turismo gastronômico, valorizando a culinária nacional como atrativo turístico mundial, a exemplo de países vizinhos como Peru e Colômbia. Esse turismo não só diversifica e aumenta a nossa oferta, mas impacta na atividade econômica dos municípios e do país, gerando inclusão social, emprego e renda para nossos brasileiros”, ressalta o ministro.
Edição: Cecília Melo