MTur participa da 8ª Reunião do Corredor Rodoviário Bioceânico
Em Campo Grande (MS), representantes de quatro países sulamericanos debateram durante dois dias ações para avançarem no projeto
Por Rafael Brais
Representando o Ministério do Turismo, o secretário Nacional de Integração Interinstitucional, Bob Santos, participou nesta quarta e quinta-feira (21 e 22/08), em Campo Grande (MS), da 8ª Reunião do Corredor Rodoviário Bioceânico. O projeto que vai ligar o Brasil ao Chile, via Paraguai e Argentina, deve movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couro, de acordo com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems).
Para Santos, o projeto será fundamental para os países envolvidos e vai conectar a região mais alagada do planeta, o Pantanal, à região mais árida do mundo, o deserto do Atacama. “A relação e integração entre os quatro países tem avançado para a criação de uma plataforma de desenvolvimento local que vai impactar diretamente em todo o entorno do trajeto, fomentando o turismo, de todas as formas, veicular, aéreo, motociclístico e afins”, disse.
Durante o evento, representantes dos países envolvidos debateram temas como infraestrutura, transporte, logística, procedimentos aduaneiros e turismo. Para o secretário Nacional de Integração Interinstitucional, Bob Santos, os dois dias de agenda foram importantes para o grupo de trabalho avançar nos debates do Corredor. Santos coordenou a área temática de “Turismo”, onde foi o mediador de mesas que trataram de questões como infraestrutura, transporte e logística; produção e comércio; simplificação dos procedimentos aduaneiros; turismo e rede de universidades.
Também estiveram presentes na reunião instituições de ensino superior e representações do setor produtivo interessadas na viabilização do Corredor Rodoviário Bioceânico como opção logística. Estudos apontam que a obra vai proporcionar mais competitividade no escoamento da produção agrícola e industrial, diminuindo em até 14 dias o transporte feito pelo Atlântico, e passando pelo Centro-Oeste brasileiro. Além disso, o projeto, quando concluído, vai abrir novos mercados e promover integração e desenvolvimento econômico da região no entorno do trajeto nos quatro países.