Enoturismo ganha força na Serra Catarinense
Atividade se destaca na Rota dos Vinhos Finos de Altitude e atrai turistas que movimentam a economia local
Por Lívia Nascimento
Vinhos da região atraem 55 mil turistas na Vindima, em março. Crédito: Roberto Castro/MTur
Para os amantes de um bom vinho, a Serra de Santa Catarina pode ser o destino de uma viagem por paisagens cênicas e sabores que remontam a várias partes do mundo. Conhecida como Rota dos Vinhos Finos de Altitude, o caminho composto por 22 vinícolas recebeu nesta sexta-feira (27) a visita do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, que conversou com produtores sobre o potencial do enoturismo na região.
“Está consolidado o grande programa de produção de vinho de altitude em Santa Catarina, com vinícolas abertas à visitação, e fortalecendo um novo tipo de turismo. O turismo de experiência, que ajuda a indústria, a agricultura, o comércio. A atividade turística não é passiva, ela é geradora de riquezas. Prova disso é que o que está sendo feito aqui já é realizado em outros países como Itália e França, países fortes no segmento. Esse é o futuro de Santa Catarina e também do Brasil”, defendeu o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.
Concebido há três anos, o roteiro passa por nove cidades catarinenses: São Joaquim, Água Doce, Videira, Campo Belo do Sul, Urupema, Urubici, Bom Retiro, Rancho Queimado e Treze Tílias. Responsáveis pela produção de 1,5 milhão de garrafas por ano, a rota recebe durante a Vindima, em março, 55 mil turistas.
“O turismo é a grande oportunidade de desenvolvimento econômico e social de toda a Serra de Santa Catarina. Mas especialmente o enoturismo alavanca importantes oportunidades de negócios como hotéis, pousadas e restaurantes, trazendo desenvolvimento para a região”, explicou o novo presidente da Associação de produtores de Vinhos de Altitude de Santa Catarina, Acari Amorim.
Ministro do Turismo conheceu a Rota dos Vinhos Finos de Altitude. Crédito: Roberto Castro/MTur
ENOTURISMO - O Ministério do Turismo tem atuado para fortalecer o segmento de enoturismo no País, motivado pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura das localidades que produzem a bebida. A Pasta já, em 2016 e 2017, seminários para discutir os desafios e perspectivas para o desenvolvimento do turismo nas vinícolas brasileiras.
Com mais de 1.100 vinícolas, do Rio Grande do Sul a Pernambuco, o enoturismo tem se tornado cada vez mais um estímulo para alavancar o setor vitivinícola e gerar oportunidades de negócios nessa área, em todo o Brasil. De acordo com estudos do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), porém, atualmente cerca de 25% das vinícolas exploram atividades turísticas regularmente.