Destinos turísticos conectados são mais consumidos e visitados
Prestação de serviços online foi tema discutido na WTM
Por Geraldo Gurgel
Crédito: Geraldo Gurgel/ MTur
Um passeio virtual por um atrativo ou destino turístico não substitui a experiência da viagem, mas a visita prévia, de modo virtual, já faz parte da rotina dos viajantes, cada vez mais exigentes e ávidos por informações que estão disponíveis na internet. Quem fez um passeio pelas cachoeiras da Chapada das Mesas, apresentada em um vídeo tridimensional no estande de promoção dos destinos maranhenses, durante a WTM, certamente ficou mais disposto a viajar até Carolina (MA) para desfrutar as belezas da região.
Barreirinhas, também no Maranhão, foi mais além e, com a o apoio do Sebrae, criou um voucher eletrônico. Os passeios adquiridos pelos turistas nos Lenções Maranhenses e as informações sobre os viajantes são inseridos em uma pulseira com chip. Os dados, além de controlar o fluxo de visitantes, são armazenados por um sistema de informações e disponibilizados para estatísticas e ações de marketing com base no comportamento dos turistas que buscam natureza e aventura.
Crédito: Geraldo Gurgel/ MTur
Dezenas de ações como esta já fazem parte do Mapa do Turismo Inteligente desenvolvido pelo Sebrae. A plataforma é colaborativa e disponibiliza informações sobre 460 serviços e destinos inteligentes. “O turista hoje tem outro perfil. Ele está mais exigente e procura qualidade. Se os destinos e serviços não estão na internet, perdem turistas e, consequentemente, negócios para os concorrentes que já aderiram as novas tecnologias digitais”, destacou Heleni Riginos, do Sebrae Nacional. “A tecnologia tem ditado novas regras de comportamento”, ressaltou.
No Paraná, mais de 20 municípios já integram um grupo de destinos que trabalham ações conjuntas de turismo inteligente. Para a consultora Carolina Sass, que deu dicas e tendências para o turismo durante a feira, a tecnologia está revolucionando o mundo do turismo. A atividade está saindo definitivamente dos serviços “analógicos”, a era do papel, para a realidade digital com múltiplas opções, tanto para quem promove os destinos e presta serviços como para quem vai consumir e viajar. “Não se vende mais o destino e sim a experiência. O turismo precisa de governança forte e atuante e o destino, além de sustentabilidade, oferecer experiências incríveis para o turista e ser bom para quem vive no local”, avaliou.
Todas essas experiências estiveram presente no seminário de inteligência competitiva promovido pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) durante a WTM Latin America. Os participantes puderam acompanhar as ações de marketing realizadas pelos executivos da Embratur nos sete países europeus estratégicos para atrair turistas para o Brasil: Reino Unidos, Espanha, Portugal, França, Itália, Alemanha e Rússia.