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Artigo: Como nasce um destino turístico

  • Publicado: Quarta, 06 de Mai de 2015, 15h10
  • Última atualização em Terça, 19 de Janeiro de 2016, 15h14
  • Acessos: 3642

Artigo publicado no jornal Tribunal do Norte

Gramado, 1973. A disciplina "Educação para o Turismo" entra na grade escolar como obrigatória para estudantes da pré-escola ao quinto ano do Ensino Fundamental. O conhecimento e interesse adquirido para o segmento por toda a comunidade fez aquela cidadezinha no interior do Rio Grande do Sul virar um dos destinos mais procurados do Brasil. Hoje, 42 anos depois, tudo o que foi construído se tornou realidade: Gramado, com um pouco mais de 35 mil habitantes, recebe anualmente mais de 6 milhões visitantes. O turismo é a principal fonte de renda do município, contribuindo com mais de 90% de sua receita.

Engana-se, então, aquele que pensa que um destino turístico nasce naturalmente ou que os atrativos do meio ambiente, culturais ou arquitetônicos são suficientes para transformar um lugar num destino. É preciso mais. É preciso envolver toda a comunidade, garantir acesso e infraestrutura. Um processo longo e continuado, que não ocorre do dia para a noite.

O que Gramado e Natal têm em comum? Ambos são vocacionados para o turismo. Na cidade nordestina, o setor é o principal empregador e a segunda fonte de receita.

Estudos do Ministério do Turismo apontam Natal como o 7º destino doméstico mais procurado por viajantes brasileiros. Durante a Copa do Mundo, uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) em parceria com o MTur, com turistas estrangeiros revelou que 75,9% dos visitantes avaliaram que a viagem para Natal superou ou atendeu plenamente suas expectativas. Mais de 96% dos entrevistados aprovou a segurança pública da cidade, 84,2% se mostraram satisfeitos com a infraestrutura aeroportuária e 84,6%, elogiaram a limpeza urbana.

O mesmo levantamento trouxe outros dados interessantes. Apenas 63,5% dos estrangeiros ouvidos na pesquisa se mostraram satisfeitos com o serviço de internet na cidade. Ao mesmo tempo, 72,4% dos entrevistados usaram a mesma internet como fonte de informação para definir Natal como destino. As rodovias brasileiras só agradaram 60,2% desses entrevistados que se deslocaram pelas estradas durante o período dos jogos. Outro dado preocupante diz respeito à qualificação de nossa força de trabalho do turismo: somente 57% dos estrangeiros se mostraram satisfeitos com o atendimento em seu idioma.

Essas informações reforçam que já fizemos muito pelo turismo em nosso estado, mas não podemos parar. Não basta termos um litoral maravilhoso, se não estamos na rota dos grandes cruzeiros marítimos por falta de infraestrutura náutica. Não basta sermos um destino importante do Nordeste, se não trabalharmos para atrair turistas internacionais através de um hub aéreo que permita que os visitantes estrangeiros conheçam o nosso estado sem ter de fazer conexões.

Para colocar o Rio Grande do Norte em definitivo no radar dos turistas nacionais e estrangeiros é importante que seja feito um trabalho integrado entre as diversas esferas de governo e a iniciativa privada. Devemos investir na conectividade aérea, marítima e terrestre, na qualificação de nossa mão-de-obra e em nossa infraestrutura turística. Com esforço integrado seremos imbatíveis.

 

Henrique Alves, ministro do Turismo

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