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ISENÇÃO DE VISTOS

Após isenção de vistos, procura pelo Brasil segue em alta para 2020

Reservas confirmadas por turistas canadenses, norte-americanos, japoneses e australianos tiveram aumento de até 158%, segundo Grupo Amadeus

  • Publicado: Segunda, 16 de Dezembro de 2019, 10h33
  • Última atualização em Terça, 17 de Dezembro de 2019, 15h10
  • Acessos: 6229

Por Cecília Melo

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Em 17 de junho deste ano, data em que a isenção passou a valer, ministro do Turismo recepcionou primeiros turistas americanos a entrarem no país sem visto. Foto: Roberto Castro/MTur

A isenção de vistos para países estratégicos segue trazendo ótimos resultados para o Brasil. De acordo com levantamento inédito do grupo Amadeus, uma das maiores empresas de tecnologia e viagens do mundo, os números de reservas confirmadas para o período de janeiro a setembro 2020 por turistas do Canadá, da Austrália, do Japão e dos Estados Unidos seguem em alta em relação ao mesmo período de 2019.

O maior crescimento está na quantidade de reservas efetuadas para o mês de junho de 2020 por esses quatro países juntos: 158% a mais em relação ao mesmo mês de 2019, que já havia demonstrado aumento se comparado a junho de 2018. Na mesma projeção, a segunda melhor média para o ano que vem ficou em julho, com índice de 148%, seguido de 104% a mais de reservas confirmadas para setembro; 118% em maio; 54% em agosto e 42% em março de 2020.

Se comparado as viagens já reservadas para os 10 meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, o crescimento dos quatro países individualmente também é expressivo. O Canadá lidera as viagens já reservadas para o Brasil com 105% de aumento, seguido da Austrália com 62%; Japão 41%; e Estados Unidos com 22%.

A procura pelo destino Brasil também apresentou aumento. A pesquisa mostra um crescimento no interesse de 32% dos norte-americanos, 38% dos canadenses, 37% dos australianos e 30% dos japoneses. Os percentuais são comparações entre as buscas realizadas pelos turistas dos quatro países para os 10 primeiros de 2020 em relação aos 10 primeiros meses de 2019.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, comemorou os números e destacou que outros países podem entrar neste grupo estratégico. “Os dados mostram que estamos no caminho certo para transformar o Brasil por meio do turismo. Nosso intuito, com essa medida, é justamente esse, aumentar o fluxo destes visitantes que contribuem muito para nossa economia. Essa é uma abertura estratégica, que tem forte potencial de contribuir para a geração de divisas, emprego e renda para o país”, celebrou.

IMPACTO - Vigente desde 17 de junho de 2019, a isenção de vistos é uma demanda histórica do setor. Dados divulgados em agosto pelo Ministério do Turismo, com base em informações do Banco Central, já haviam mostrado os impactos positivos para a economia brasileira com a medida. Em julho de 2019, US$ 598 milhões foram injetados na economia brasileira pelos turistas estrangeiros, contra US$ 417 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, um aumento de 43,4%. Já em comparação com o mês de junho deste ano, o aumento foi ainda maior: 59,8%. Tirando o ano da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, esse foi o maior crescimento dos últimos 16 anos.

Além disso, de acordo com dados preliminares do Ministério do Turismo, com base em informações da Polícia Federal, houve um aumento de 25% na entrada de turistas americanos, canadenses e australianos no Brasil de junho a agosto deste ano, se comparado com o mesmo período de 2018. Destaque para os Estados Unidos, maior emissor dentre os contemplados pela isenção, que apresentaram um aumento de 25,79% no número, saltando de 56.668 para 71.281 visitantes.

De acordo com a Organização Mundial de Turismo, medidas de facilitação de viagens podem gerar um aumento de até 25% no fluxo de viajantes entre os países. Outro dado técnico que embasou a decisão do governo brasileiro em isentar países estratégicos da exigência de visto foi um levantamento realizado durante a Olímpiada 2016. Para 82,2% dos turistas estrangeiros dos quatro países beneficiados com a medida, a isenção de vistos facilita o retorno ao país.

Edição: Rafael Brais 

 

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