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Macapá comemora 261 anos

Entre outras particularidades da cidade onde só se chega de barco ou avião, Macapá é única capital brasileira cortada pela linha do Equador e banhada pelo rio Amazonas

  • Publicado: Segunda, 04 de Fevereiro de 2019, 10h00
  • Última atualização em Segunda, 04 de Fevereiro de 2019, 12h24
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Por Geraldo Gurgel

04.02.2019 macapa marcozeroEquador marciaDoCarmo
Marco Zero, ponto da cidade onde o mundo se divide em hemisfério norte e hemisfério sul. Foto: Márcia do Carmo/Banco de Imagens MTur Destinos

Macapá amanheceu em festa nesta segunda-feira (4), data de aniversário da cidade, fundada em 1758 com celebração religiosa na Igreja Matriz de São José (1752-1761) e salva de tiros de canhões na Fortaleza de São José de Macapá, dois símbolos da capital localizada na margem esquerda do rio Amazonas. Não há acesso de carro para quem viaja de outros estados. A ligação, a partir de Belém (PA), é feita de avião (uma hora de viagem) ou barco (24 horas), navegando entre as ilhas do arquipélago de Marajó.

Macapá é conhecida como a cidade do meio do mundo. A imaginária Linha do Equador, que divide a terra nos hemisférios norte e sul, é bastante nítida na cidade. No estádio Zerão, os times de futebol dividem-se nos dois hemisférios, sendo a linha de campo sobreposta à do Equador. Já no monumento Marco Zero, onde a latitude é de zero grau, os turistas divertem-se ao colocar um pé do lado norte da Terra e outro no lado sul. Também é possível equilibrar um ovo ou moeda onde passa a Linha do Equador. E, no equinócio de verão (março) e outono (setembro), quando dias e noites têm exatamente 12 horas, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o relógio de sol do monumento.

Um dos atrativos da orla de Macapá é o Trapiche Eliezer Levy, que tem um bondinho para transporte de turistas. O passeio avança mais de 400 metros sobre o rio Amazonas. O local era onde as embarcações aportavam e tem a chamada Pedra do Guindaste, com a imagem do padroeiro, São José. No calçadão ficam vários quiosques com bares e restaurantes embalados ao som do marabaixo, ritmo amapaense de raiz africana. Aproveite para apreciar os sabores exóticos de sucos, doces, sorvetes e bombons de frutos e amêndoas típicos da região, como o açaí e a castanha.

A cidade é a mais próxima da foz do Amazonas e protegida pela maior fortificação brasileira, construída no século 18, entre 1764 e 1782, em formato de estrela com muralhas de 15 metros de altura, para proteger o rio Amazonas. O passeio por dentro da Fortaleza de São José de Macapá e no Parque do Forte no entorno do monumento é um dos principais atrativos da capital amapaense. É um marco cultural, arquitetônico e histórico da cidade. A área verde conta com chafariz, anfiteatro e calçadão para caminhadas.

O Mercado Central é outro ponto de interesse por abrigar eventos culturais e festivos da capital do Amapá. No local, o visitante também se familiariza com os produtos e hábitos alimentares típicos da floresta, com enorme variedade de peixes de água doce. Já a Casa do Artesão é o melhor local para conhecer e comprar o artesanato local com forte influência indígena. Na feirinha externa, há banquinhas de comidas típicas como o tacacá (iguaria da região amazônica feita com caldo de tucupi, camarão e jambu) e açaí salgado, com charque e camarão. Visitantes também devem incluir no passeio uma visita ao Museu Sacaca, que expõe uma coleção diversificada de animais e plantas medicinais da região amazônica e também relata a história e costumes dos povos indígenas, caboclos e castanheiros.

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Trapiche Eliezer, de onde o pôr-do-sol costuma ser apreciado por turistas. Foto: Márcia do Carmo/Banco de Imagens MTur Destinos

Edição: Vanessa Sampaio

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