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Sairé 2016: Encantos de Santarém e Festa das Cores são temas da festa dos botos

Festival em Alter do Chão celebra a cultura do boto amazônico, divulga os atrativos turísticos e movimenta a economia da cidade

  • Publicado: Quinta, 15 de Setembro de 2016, 08h46
  • Última atualização em Quinta, 15 de Setembro de 2016, 10h05

 

O cenário paradisíaco de Alter do Chão, no Oeste do Pará, será palco a partir desta quinta-feira (15) da celebração folclórica mais importante da região, o festival cultural Sairé. Durante cinco dias, milhares de pessoas visitam o balneário conhecido por ostentar areias brancas e finas, além das águas cristalinas do Rio Tapajós. Tantos atributos fazem de Alter do Chão, distante 37 km de Santarém, uma das mais belas praias de água doce do mundo. De aldeia indígena à vila colonial portuguesa, o balneário teve seu auge no ciclo da borracha e encontrou no turismo uma alternativa econômica para o declínio do látex.

Com a rotina ditada pelas águas do Tapajós, a pequena Alter do Chão - com seis mil habitantes - tem no festival o ponto alto de sua vida social e religiosa com a valorização da culinária e cultura tapajônicas. O Sairé reúne o sincretismo religioso de rituais católicos e indígenas enraizados na população. São mais de 300 anos de uma tradição que remonta às missões Jesuítas na região. Do lado profano, a representação da lenda do boto amazônico, simbolizado pelos botos Tucuxi e Cor de Rosa, perpetua entre os ribeirinhos a crença de que o animal assume a condição humana nas noites de lua cheia para seduzir as mulheres.

A expectativa é que 100 mil pessoas participem dos cinco dias de festa, o que significa um incremento importante para a rede hoteleira e demais empreendimentos turísticos da região. Apesar de a abertura oficial ter acontecido no último dia 10, o ponto alto do festival será o confronto entre os botos Cor de Rosa e Tucuxi na noite do sábado (17).

O Boto Tucuxi se apresentará com o tema Festa das Cores Lago dos Botos e contará com a participação de 700 pessoas e 12 alegorias. Já o Boto Cor de Rosa apostou na apresentação chamada de Encantos de Santarém, inspirado nas olimpíadas, com a presença de 600 brincantes e 15 alegorias. O festival termina na segunda-feira (19), com o anúncio do boto vencedor do Sairé 2016. O boto cor de Rosa tem nove títulos contra oito do rival Tucuxi.


Festa do Sairé. Foto: Iphan

TRADIÇÃO - O Sairé ou Çairé está entre as mais antigas manifestações da cultura popular da Amazônia. O símbolo é um semicírculo, de cipó torcido, adornado com algodão, flores e fitas coloridas, além de três cruzes que representam a Santíssima Trindade. Durante a procissão, o estandarte é conduzido por uma mulher, a Sairapora, e fincado na ilha que se forma na praia de Alter do Chão, repetindo o gesto dos índios para saudar os portugueses.

Ao longo dos anos, o festival foi agregando outros valores folclóricos acrescentados pelos moradores, descendentes de índios Borari. Os ritmos amazônicos Carimbó, puxirum, lundu, desfeiteira, camelu, lundu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, cecuiara, entre outros, marcam a riqueza cultural da festa.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS – Partindo de Alter do Chão ou Santarém, o turista pode conhecer vilas históricas, florestas, comunidades ribeirinhas e o encontro dos rios Tapajós e Amazonas, entre outros atrativos. Confiram algumas dicas:

Flona Tapajós - A Floresta Nacional do Tapajós é uma importante unidade de conservação e pesquisa científica às margens do Rio Tapajós.

Bosque Santa Lúcia - O Bosque Santa Lúcia é uma reserva particular que se tornou o "Jardim Botânico" de Santarém com área de 109 hectares e trilhas interpretativas.

Lago do Maicá - O Lago do Maicá é uma área de várzea para observação de aves e animais. O passeio pode ser combinado com o "Encontro das Águas" do Amazonas e Tapajós.

Belterra - O município, fundado em 1933 pela Ford, lembra uma cidade americana com belas praças e parques e ainda abriga grande parte da Floresta Nacional do Tapajós.

Resereva Extrativista – ARAPIUNS - A reserva fica na margem oposta do Tapajós. As comunidades ribeirinhas de Aña, Arimum e Atodi oferecem artesanato e recebem os visitantes com Piracaia (peixe grelhado na areia da praia).

Cuipiranga e Vila Amazonas - Faixa de terra (museu a céu aberto) entre os rios Tapajós e Amazonas com relíquias das batalhas da Revolução Cabana (1835-1840).

Gastronomia - A gastronomia de Alter do Chão é rica em temperos e sabores. Explore os peixes da Amazônia: pirarucu, tambaqui, tucanaré, filhote e pato no tucupi.

 

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